terça-feira, 5 de junho de 2007

O Sol

Quem dera um dia conseguíssemos sair das cavernas em que nos fechamos muitas vezes e pudéssemos contemplar e sentir o sol, seja este sol o conhecimento, o amor, a vida real, o Sol mesmo. Na verdade, de preferência, tudo isso junto.

4 comentários:

Unknown disse...

Talvez o problema maior de sair das cavernas seja justamente ter que enfrentar a verdade sobre ela. Ter que sofrer com a luz batendo diretamente em seus olhos, cegando-te; descobrir o quanto da sua vida você passou na ilusão das sombras; ter que sofrer injúrias muito penosas; ter que se acostumar com essa verdade para só depois de tudo isso conseguir contemplar as belezas que o mundo fora da caverna tem a revelar e as tantas verdades ocultas que você passou sem perceber.
Porém chega o momento de se sentir solitário e querer trazer para junto de você, arriscando-se a voltar para a caverna o resultado já foi contado: Você morrerá, virá a decepção daqueles que têm o medo tão antigo de sairem de suas escuridões tão protegidas e do mundo das ilusões; sobra ainda a opção de não voltar, mas aí fica aquela dor de viver sempre sozinho em um mundo estranho.
Ao meu ver é por isso que as pessoas não saem, elas têm medo porque realmente não parece fácil viver desse modo excluído.
Mas essa é só uma visão pessimista de madrugada \o

Mancini Hernandes disse...

gabriguima, Hernandes. Não estou escrevendo de madrugada, mas como por vezes me sinto nas cavernas que eu mesmo descrevi, parece que é madrugada. A luz que entra pela caverna, realmente tem estado, nesse tempos difíceis, tenebrosa, pois tem gravado nas paredes da caverna sombras monstruosas. Ainda assim o que importa é a luz, a saída, a possibilidade de algo novo, renovado que ela indica, e não os monstros que ela projeta na parede.
Às vezes penso que as sombra que são projetadas na parede não são de objetos, fantoches, mas medos e temores que temos guardadas interiormente.

Anselmo Alencar Colares disse...

Já que a caverna pode ser tanta coisa, fiquei tentado a filosofar sob a inspiração de Freud e então me pergunto: por que saí da proteção da "caverna" e literalmente botei a cara no mundo, levando um tapa na bunda logo de início? Só posso admitir que tenha sido para depois ter o prazer de voltar a "caverna" sem precisar me enfiar nela por inteiro, podendo contemplar a luz!

Hernandez, parabéns pelo teu blog.
Muito legal e inspirador.

Do amigo: Anselmo Colares

Mancini Hernandes disse...

Anselmo, gostei de Freud, embora pareça muito mais Anselmo mesmo. Realmente, nada como voltar para casa, mesmo que as coisas parecem meio ilusórias, quando sabemos que são assim. Acho que realmente uma boa caverna, pelo menos um buraquinho, para ficar escondido as vezes não é de todo ruim.

Que bom receber sua visita, meu bom amigo, no meu blog. Um forte abraço